TOC


013Embora estimativas da década de 90 não implicassem o TOC como patologia psiquiátrica com incidência importante. Atualmente, estima-se uma prevalência na população geral ao redor de 2,5%, sendo, portanto, a quarta doença psiquiátrica mais comum, associada ainda com grave prejuízo funcional e ocupacional. Em relação ao gênero, não se observa diferenças de incidência, e geralmente, pacientes com TOC tem início de sintomas ao redor dos 12 anos.

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A apresentação clínica tem manifestações diversas e que, por vezes, são pouco compreendidas. Enquanto, frequentemente o sintomas obsessivos-compulsivos (SOC”s) estão associados apenas a “manias”, tais sintomas apresentam um leque enorme de apresentações.

Pode-se entender que o TOC se manifesta com OBSESSÕES e COMPULSÕES.

As OBSESSÕES são pensamentos, ideias, imagens, impulsos ou ainda sintomas somáticos que surgem de forma intrusiva, mantém egodistonia, ou seja, são muito contrários ao EU, sendo vivenciados com a experimentação de ansiedade e grave sofrimento psíquico.

Por sua vez, as COMPULSÕES são comportamentos e/ou atos repetidos que surgem com o objetivo de diminuir a ansiedade causada ou desencadeada pelas OBSESSÕES. É fundamental entender que a compulsões podem sem mentais e não necessariamente se manifestarem como comportamentos.

Geralmente, há um ciclo repetitivo que se manifesta por intrusões (OBSESSÕES) que se seguem a ansiedade, impelindo o indivíduo a emitir comportamentos repetitivos (COMPULSÕES) que objetivam a diminuição da ansiedade, entretanto acabem gerando novos pensamentos intrusivos de conteúdo obsessivo.

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Há um leque enorme de OBSESSÕES X COMPULSÕES, conforme relatado na tabela abaixo:

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Várias dimensões de sintomas podem ser observadas em pacientes com TOC e isso se associa a categorias de sintomas específicos.

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Muitas vezes tais obsessões e compulsões são leves e quase imperceptíveis, mas não raro, são extremamente graves, podendo incapacitar a pessoa para o trabalho e impedi-lo de relacionar-se socialmente.
Em geral elas são acompanhadas de ansiedade, medo e culpa, causam muito sofrimento, tomam tempo da pessoa e interferem nas rotinas pessoais, na vida social e da família. Muitas vezes não são reconhecidas como sintomas de uma doença o que faz com que as pessoas afetadas não busquem tratamento ou demorem muito para fazê-lo.

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O tratamento do TOC consiste em abordagens psicofarmacológicas e psicoterápicas. Dessa forma é fundamental que seja organizada uma abordagem individualizada, vislumbrando a subjetividade do sujeito acometido e fazendo que o paciente consiga uma forma de superaçao que se inicia a partir do INSIGHT de sua condição clínica.

Atualmente, há diveros psicofármacos disponíveis para o tratamento do TOC, que apresentam um reduzido nível de efeitos colaterais, sem causar riscos de dependência e, além disso, propiciando que a abordagem em PSICOLOGIA ocorra de forma mais satisfaória.

Por vezes, é fundamental que a família participe das intervenções, sendo, portanto, psicoeducada sobre o transtorno e evitando que emitam comportamentos disfuncionais que possam estar reforçando o TOC.

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Ainda não há evidências científicas suficientes que apontem que a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) seja efetiva para o tratamento do TOC. Entretanto, para quadros refratários, a Estimulação Cerebral Profunda por Radiocirurgia tem se mostrado um promissor tratamento para quadros super-refratários.